Um dia eu já fui uma dessas pessoas “mega” ocupadas que estavam sempre correndo e fazendo um milhão de coisas ao mesmo tempo.
Um dia, bem perto do hoje acreditava que TER tempo livre era feio e que socialmente demonstrava que não era uma pessoa “importante”.
Um dia… Passei a estar tão ocupada com um milhão de coisas que não demostravam nenhum pouco o que e quem eu realmente ERA. Minha agenda estava sempre cheia e quando não estava, precisava afirmar que estava fazendo um milhão de coisas pela minha casa ou inventando estudos que nem sequer existiam…
Isso tudo aconteceu porque por um longo tempo entendi que eu era o que fazia. Por acreditar nisso, cheguei a pensar que seria impossível SER sem FAZER o tempo todo!
No início desvincular todos os papéis sociais do que eu FAZIA foi difícil….tive que fortalecer muito o SER que eu era e a partir disso precisei me desligar de uma infinidade de crenças e papéis que eu mesma tinha me incumbido.
Essa necessidade de estar sempre ocupada…bem no fundinho escondia um imenso medo de ser julgada e de me sentir pouco importante! Escondia um medo gigantesco de entrar em contato com minhas vontades mais genuínas e seguir o caminho do meu coração.
Chegou um dia…em que percebi que o tempo é uma linda engrenagem que nos possibilita acertar todas as ilusões que permeiam as nossas vidas… e que se alinhar com o tempo é o mesmo que seguir com coragem e determinação a voz do nosso coração! Percebendo que o único tempo é esse instante e portanto precisa de entrega e presença.
Não preciso mais TER uma agenda cheia para SER, nem para afirmar quem SOU. É no vazio dos afazeres que a minha criatividade flui e que posso novamente sentir presença verdadeira de quem sou. Porque essa presença só existe no agora, nesse momento e me faz enxergar a grande ilusão que o tempo representa.
Esse instante é o grande presente do UNIVERSO, é a única coisa que existe e podemos escolher como vivê-lo!
Ao me abir para o presente posso fluir livremente e a engrenagem do tempo parece se adequar ao meu SER..